Dislexia e Dislexia

A característica fundamental do desenvolvimento do cérebro é que as experiências ambientais são tão importantes como os programas genéticos (Blakemore & Frith, 2009)

quinta-feira, 25 de março de 2021

DesConfinar, n.º 2, 2021

https://www.slideshare.net/jcoloa/ddesconfinar-2-maroabril-2021

O meu artigo, intitulado "Motivação e Leitura", encontra-se nas pp. 67-75.


Publicada por Jorge da Cunha à(s) 08:17
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Etiquetas: DesConfinar, leitura, motivação
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Galaburda et al. (2006) referem ainda a possibilidade de, pela primeira vez, se estabelecer uma correlação entre características genéticas, variações do desenvolvimento do cérebro e perturbações comportamentais e cognitivas associadas à dislexia. Blakemore e Frith (2009/2005) não têm dúvidas: a dislexia é hereditária: “Sabemos agora que estes problemas têm origem genética e uma causa no cérebro” (p. 133).

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Acerca do tema

Jorge da Cunha
Definição de Dislexia (Associação Internacional de Dislexia): Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem específica cuja origem é neurológica. Caracteriza-se por dificuldades na correta e/ou fluente identificação de palavras, bem como na ortografia e por capacidades de descodificação pobres. Estas dificuldades tipicamente resultam de um défice no componente fonológico da linguagem, frequentemente inesperado, tendo em conta outras aptidões cognitivas e a disponibilização de instrução adequada na sala de aula. As consequências secundárias podem incluir problemas de compreensão da leitura e a redução das experiências de leitura, o que pode impedir o desenvolvimento do vocabulário e de conhecimentos gerais. (Shaywitz, 2008/2003, p. 148)
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Sítios Informativos

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http://www.code.ucl.ac.be/sblu/tests/orlec.htm


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Diagnóstico

As dificuldades de leitura diagnosticadas após o 3.º ano de escolaridade são muito mais difíceis de remediar. A identificação precoce é importante porque o funcionamento cerebral é muito mais plástico em crianças mais jovens, sendo potencialmente mais maleável na reorientação dos circuitos neurais. (Shaywitz, 2008/2003, p. 41)


Há, mesmo assim, leitores deficientes que acabam por compensar as suas deficiências. Um estudo levado a cabo na Universidade de Denver, no Colorado, revelou que em cinquenta e um adultos que durante a infância foram diagnosticados como leitores altamente deficientes («disléxicos», segundo a terminologia dos autores), treze (c. 25 por cento) conseguiram atingir um nível de leitura no limiar da normalidade. (Morais,1997/1994, p. 235)
Ao ensinar a ler, não só o que é ensinado é importante mas a forma como o é também conta (…) os programas de leitura eficazes seguem o método analítico-sintético e fazem-no não só de forma sistemática como também explícita (…) As crianças são ensinadas a transformar as letras em sons e depois a combinar (sintetizar) os sons para formar uma palavra passível de ser lida. (Shaywitz, 2008/2003, p. 223)







As escolas debatem-se todos os dias com alunos que apresentam dificuldades inesperadas de leitura (Fonseca, 2002; Morais, 2007/2004; Shaywitz, 2008/2003), no entanto a dislexia ainda é uma problemática pouco conhecida, mesmo por professores.



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