domingo, 25 de outubro de 2020

A dislexia na música: Pearl Jam

A razão que leva à publicação desta música dos Pearl Jam neste espaço deve-se ao facto de abordar o tema da dislexia. O poema foi construído tendo por base esta realidade, abordando a violência da incompreensão da diferença e desordem do desejo de agradar. 




Pearl Jam

Daughter

 

Alone, listless
Breakfast table in an otherwise empty room
Young girl, violence
Center of her own attention
The mother reads aloud, child tries to understand it
Tries to make her proud
The shades go down, it's in her head
Painted room, can't deny there's something wrong

Don't call me daughter, not fit to
The picture kept will remind me
Don't call me daughter, not fit to
The picture kept will remind me
Don't call me

She holds the hand that holds her down
She will rise above

Don't call me daughter, not fit to
The picture kept will remind me
Don't call me daughter, not fit to
The picture kept will remind me
Don't call me daughter, not fit to
The picture kept will remind me
Don't call me daughter, not fit to
The picture kept will remind me
Don't call me

The shades go down
The shades go down
The shades go go
Go

 

Fonte: LyricFind

Compositores: David Abbruzzese / Eddie Vedder / Jeff Ament / Mike Mccready / Stone Gossard

Letras de Daughter/Instant Karma © Warner Chappell Music, Inc, Universal Music Publishing Group

 

Tradução

 

Filha

 

Sozinha, indiferente

Mesa do pequeno almoço numa sala outrora vazia

Menina jovem, violência

Centro da sua própria atenção

A mãe lê em voz alta, a criança tenta compreender

Tenta fazê-la orgulhosa

As sombras descem na sua cabeça

Quarto pintado, não pode negar que há algo errado

Não me chames filha, não estou pronta para isso

O porta-retratos me lembrará

Não me chames filha, não estou pronta para isso

O porta-retratos me lembrará

Não me chames

Ela segura a mão que a limita

Ela subirá ao alto

Não me chames filha, não estou pronta para isso

O porta-retratos me lembrará

Não me chames filha, não estou pronta para isso

O porta-retratos me lembrará

Não me chames

Não me chames filha, não estou pronta para isso

O porta-retratos me lembrará

Não me chames filha, não estou pronta para isso

O porta-retratos me lembrará

Não me chames

 

As sombras descem

As sombras descem

As sombras

domingo, 18 de outubro de 2020

Aprender a ler: uma revolução no cérebro


Stanislas Dehaene

Entrevistado por Mariana Sgarioni

Revista Quanta

http://revistaneuroeducacao.com.br/aprender-a-ler-uma-revolucao-no-cerebro/





“Quero lembrar, no entanto, que todas as crianças são capazes de aprender a ler, sem exceção. Algumas com um pouco mais de dificuldade, outras não.”


Ao ler este texto está a executar uma tarefa para a qual o seu cérebro não foi concebido. Pode até achar que a leitura é um ato quase automático. Mas o seu cérebro não acha. Pelo contrário, ele faz uma verdadeira ginástica para se adaptar ao ato de ler. Neste momento, uma revolução de sinapses está acontecendo a cada fração de segundo para que possa decifrar as palavras aqui impressas. Isso porque a escrita é algo recente, se pensarmos na escala da evolução humana (tem cerca de 5 mil anos). Quem conseguir se lembrar do próprio processo de alfabetização vai saber que não se trata de algo tão fácil. “Todas as crianças, seja qual for a língua, encontram dificuldades para aprender a ler. Estima-se que 10%, quando adultas, não dominem a compreensão de texto”, afirma o matemático e neurocientista francês Stanislas Dehaene. No seu livro Os neurónios da leitura (Artmed, 2012), o diretor da Unidade de Neuroimagem Cognitiva do Instituto Nacional de Pesquisa Médica e de Saúde de França mostra que pesquisas da psicologia cognitiva experimental já mapearam as áreas envolvidas no reconhecimento da palavra escrita no cérebro. Tal descoberta questiona as metodologias empregadas nas escolas, que, na sua maioria, diz Dehaene, fazem do aluno uma máquina de soletrar, incapaz de prestar atenção ao significado. Segundo ele, o cérebro aprende melhor pelo som do que pela imagem. Ou seja: o ensino deveria ser centrado nos fonemas, e não em figuras. Tanto que há um progressivo aumento da atividade de duas regiões cerebrais ligadas ao tratamento fonológico durante o aprendizado da leitura. Nascido no norte da França, Dehaene dedicou-se primeiro aos estudos da matemática. No entanto, a sua paixão sempre foi o funcionamento do cérebro. Hoje, é professor no Collège de France. “O meu interesse pela capacidade de ler é porque se trata do principal movimento que o cérebro realiza ao longo da vida. Há outra mudança importante, que é o aprendizado da matemática.” Ele pretende que a pedagogia e a psicologia possam beneficiar dos estudos da neurociência para criar métodos de ensino mais eficazes. “A escola transforma o nosso cérebro”, diz. “Para o bem, claro”, completa.


NE: O senhor afirma que a leitura causa uma reviravolta nas nossas funções cerebrais preexistentes. Porquê?

 

Dehaene: Em primeiro lugar, gostaria de lembrar que a leitura é uma das várias atividades que o homem criou nos últimos milhares de anos. E trata-se de uma das mais recentes. A escrita nasceu há cerca de 5.400 anos e o alfabeto propriamente dito não tem mais de 3.800 anos. Se pensarmos na evolução humana, esse tempo é mínimo. Nosso genoma ainda não teve tempo de se alterar para dar conta de desenvolver um cérebro adaptado à leitura. Por isso, afirmo que o ato de ler é uma revolução: mesmo sem termos essa capacidade, o estudo de imagens cerebrais mostra-nos que adquirimos mecanismos extremamente requintados exigidos pelas operações da leitura.

 

NE: Como é que isso acontece no cérebro?

 

Dehaene: Temos uma plasticidade sináptica desde que nascemos até a idade adulta. É ela que faz uma reconversão parcial da arquitetura do nosso córtex visual de primatas para reconhecer letras e palavras. Aprender a ler possibilita uma conversão de redes de neurónios, inicialmente dedicadas ao reconhecimento visual de objetos. Embora não exista uma área pré-programada para a leitura, podemos localizar diversos setores do córtex cerebral como responsáveis pela atividade. Um setor está em contato com as entradas visuais; outro codifica essas entradas com precisão espacial; outro integra as entradas de uma vasta região da retina, e assim sucessivamente. No córtex, estão os neurónios mais adaptados à tarefa de ler. Especificamente, nos humanos, quem responde é o córtex occipitotemporal esquerdo. Porém, se no curso da aprendizagem, por alguma razão, essa região não estiver disponível, então a região simétrica do hemisfério direito entra em jogo.

 

NE: Isso quer dizer que o cérebro é tão plástico que é capaz de se transformar e atender a qualquer uma de nossas necessidades?

 

Dehaene: Não. Existe a teoria, aliás, revisitada por inúmeros pesquisadores, que aderem a um modelo que eu chamo de plasticidade generalizada e relativismo cultural. Segundo ela, o cérebro seria tão flexível e maleável que não restringiria em nada a amplitude das atividades humanas. Diferentemente de outras espécies, ele seria capaz de absorver todas as formas de cultura. Pretendo mostrar no meu livro que dados recentes da imagem cerebral e da neuropsicologia recusam esse modelo simplista. Ao examinar a organização cerebral dos circuitos da leitura, vemos que é falsa a ideia de um cérebro virgem, infinitamente maleável, capaz de absorver todos os dados da sua cultura.

 

NE: Entretanto, somos capazes de atividades extraordinárias, como ler, por exemplo.

 

Dehaene: Sim, o nosso cérebro é evidentemente capaz de aprender. Porém, essa capacidade é limitada. Em todos os indivíduos do mundo, não importa a cultura ou o idioma, a mesma região cerebral – com diferenças mínimas – é ativada para decifrar palavras escritas. A minha hipótese é diferente dessa do relativismo. Proponho o que chamo de “reciclagem neuronal”. De acordo com essa hipótese, acredito que a arquitetura do nosso cérebro é construída com bases fortes genéticas. Mesmo assim, os sentidos do nosso córtex visual possuem uma margem de adaptação, uma vez que a evolução nos dotou de certa plasticidade e capacidade de aprendizagem. Isso quer dizer que os mesmos neurónios que reconhecem rostos ou corpos podem desviar-se das suas preferências e responder a objetos ou formas artificiais, como as letras. O nosso cérebro molda-se ao ambiente cultural, não respondendo cegamente a tudo o que lhe é imposto. Apenas converte a outro uso as suas predisposições já presentes. Ele faz o novo com o velho. O cérebro não evoluiu para a escrita, por exemplo. Foi a escrita que evoluiu para o nosso cérebro.

 

NE: Como “a escrita evoluiu para o nosso cérebro”?

 

Dehaene: Examine-se os sistemas de escrita. Eles revelam numerosos traços em comum. Por exemplo: todos, sem exceção, incluindo caracteres chineses, utilizam um pequeno repertório de base cuja combinação gera sons, sílabas e palavras. Essa organização ajusta-se à hierarquia das nossas áreas corticais, cujos neurónios reconhecem unidades de tamanho e invariância crescentes. O tamanho e a posição dos caracteres também correspondem à nossa capacidade de visualização e retenção.

 

NE: Desta forma, existe então um sistema de alfabetização mais eficaz para o nosso cérebro?

 

Dehaene: Sem dúvida. Em vez de focar os esforços no ensino das unidades visuais, é preciso mudar para unidades auditivas. Sons, fonemas. Jogos fonológicos podem auxiliar, desde pequena, a criança a reconhecer palavras. É preciso ajudar a criança a identificar os diferentes sons que compõem uma palavra para só depois fazê-la compreender que as letras representam esses sons. Depois disso é que a criança estará pronta para juntar as letras. Desconfio de cartilhas muito coloridas e bonitas, cheias de desenhos e pouco texto, assim como cartazes desenhados nas paredes da escola que trazem as mesmas letras na mesma posição o ano inteiro. Existe um risco enorme de os alunos – em geral, os mais brilhantes – memorizarem as posições fixas de cada palavra ou a aparência da página. Dão a impressão de saberem ler, mas não sabem.

 

NE: Existe, portanto, diferença entre aprender a ler e compreender o texto.

 

Dehaene: Sim, claro. A compreensão daquilo que se lê não está descrita na minha pesquisa. Mas isso requer a mobilização de competências cognitivas muito mais complexas do que as envolvidas no processo da alfabetização. Para compreender não é necessário saber ler. Há adultos analfabetos que entendem muita coisa, apenas não aprenderam a ler.

 

NE: Existe idade ideal para aprender a ler? Há prejuízos quando isso ocorre na idade adulta?

 

Dehaene: Pesquisei toda a literatura disponível a respeito da idade ideal para a alfabetização. Há países que alfabetizam alunos com 6 ou 7 anos e até mais tarde. Outros, com 4 anos. Não encontrei nada que sugira que exista um período crítico para essa aprendizagem. Não haverá danos para o cérebro se a aprendizagem for mais tarde – ele reconhece objetos novos o tempo todo, não importa a idade. Continuamos aprendendo, mesmo aos 40, 50 anos. Há diversos estudos internacionais com adultos que aprenderam a ler perfeitamente. Portanto, não acredito nessa limitação.

 

NE: Há alguma ativação cerebral peculiar em quem lê e fala mais de um idioma? E em quem domina línguas com alfabetos ou grafias diferentes?

 

Dehaene: Nós não sabemos o que se passa exatamente com pessoas bilíngues, ou seja, alfabetizadas em dois idiomas. Fizemos experiências com pessoas que leem chinês e outra língua e constatámos que praticamente a mesma região cerebral é ativada. Evidentemente devem existir microdiferenças, mas nada marcante.

 

NE: O nosso cérebro descodifica letras e números da mesma maneira?

 

Dehaene: Não. Os estudos mostram que não é a mesma região cerebral que analisa as letras e os números. Pesquisamos pessoas que perderam a capacidade de ler e continuam a reconhecer números. Há uma pequena região lateral, a um centímetro daquela que reconhece as palavras, que é a responsável pelos números. As formas das letras e dos números são diferentes e culturais. As letras estão ligadas à linguagem e os números ao senso de quantidade. São dois sistemas diferentes de entendimento.

 

NE: De que forma acontece a alfabetização no cérebro de pessoas cegas e surdas?

 

Dehaene: É extraordinário, pois os cegos que aprendem a ler em braile, uma atividade tátil, ativam a mesma região cerebral da leitura. É incrível, pois essa região não recebe os estímulos visuais, mas recebe os estímulos táteis. As formas visuais das palavras são ativadas pelo tato, ao tocar as letras em braile. É uma experiência que transforma as imagens em sons, o que demonstra que a língua falada não é exclusivamente visual, ela também é tátil. A aprendizagem em braile é muito eficiente. No caso dos surdos, a aprendizagem é mais difícil. É como aprender a ler numa outra língua – uma criança portuguesa lendo em chinês, por exemplo. Ela não conhece os fonemas, as representações fonéticas. É preciso que o professor tenha o conhecimento dessa dificuldade, e uma maneira de trabalhar é ajudando o aluno a tomar consciência da fonologia, tocando na sua boca a região correspondente ao fonema quando se pronunciam as palavras. Quero lembrar, no entanto, que todas as crianças são capazes de aprender a ler, sem exceção. Algumas com um pouco mais de dificuldade, outras não.

 

NE: Além das estratégias da sala de aula, há outras atividades que favorecem a aprendizagem da leitura e da escrita?

 

Dehaene: O sono é essencial para consolidar a aprendizagem. É o que o cérebro faz durante a noite. Pais que reclamam de dificuldades de aprendizado ou de distúrbios de atenção devem, num primeiro momento, entender que a noite é para dormir, e não para ficar no computador ou na televisão. Todos os cérebros são capazes de aprender. Apenas é preciso sistematizar o ensino.

 

NE: As pesquisas mostram que se lê pouco e não se pratica a atividade por prazer. Uma das causas pode estar no processo de alfabetização?

 

Dehaene: Podem não ler livros, mas leem muito pela internet. Hoje há formas diferentes de leitura. Na internet, é possível ler bastante, pesquisar, procurar novas informações. Há muito mais pesquisas, por exemplo, do que antes. Não acredito na falência da leitura, muito pelo contrário. Acho que ela vai continuar, mas de outra forma. Assim como nós também evoluímos desde Gutenberg (gráfico alemão que revolucionou a escrita com a invenção da prensa de tipos móveis). Vamos descobrir novos meios de escrita e leitura. E, com certeza, o nosso cérebro vai moldar-se novamente.

 

Nota: Texto com ligeiras adaptações ao português europeu.
 

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Educação Inclusiva ou Completa? - Da Exclusão à Inclusão (pp. 40-56)

Vale a pena espreitar todos os conteúdos da revista DesConfinar, acabadinha de sair, pensada e organizada pelo Professor Doutor Joaquim Colôa. A revista tem a participação de vários autores de várias áreas, incluíndo a educação.


Siga este endereço e boa leitura.
https://www.slideshare.net/jcoloa/desconfinar-joaquim-cola

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Acomodações na sala de aula para disléxicos / Classroom Accommodations for Dyslexia


A leitura pode ser um desafio para crianças com dislexia. A ortografia e a escrita também podem ser desafiantes. Que acomodações ajudam a criar condições para os alunos com dislexia na sala de aula? Veja alguns dos suportes que os professores podem usar para ajudar os alunos com problemas de leitura, ortografia e escrita.  

Materiais e rotinas da sala de aula 
• Edite horários visuais e leia-os também em voz alta. 
• Forneça tiras coloridas ou marcadores para ajudar a focar a linha de texto durante a leitura. 
• Distribua tiras de letras e números para que o aluno possa observar como escrever corretamente. 
• Use texto com letras grandes nas fichas de trabalho. 
• Use audiolivros como os disponíveis em serviços como a Bookshare, uma biblioteca on-line gratuita para estudantes com problemáticas. 
• Permita que o aluno use um leitor de texto, como uma caneta de leitura ou um software de conversão de texto em fala. 
• Use o software de conversão de fala para texto, para ajudar na escrita. 
• Tenha à mão livros com tópicos de alto interesse para estudantes que estão a ler abaixo do nível de escolaridade em que se encontram. 
• Proporcione tempo extra para a leitura e escrita. 
• Dê ao aluno várias oportunidades para a leitura do mesmo texto. 
• Crie grupos de leitura durante o horário de trabalho (conforme for mais apropriado). 
• Proporcione trabalho de pares - um aluno escreve enquanto o outro fala, ou compartilham a escrita.
 
Introduzir novos conceitos 
• Ensinar previamente novos conceitos e vocabulário. 
• Forneça ao aluno apontamentos digitadas ou um esboço da matéria para o ajudar a fazer anotações. 
• Forneça organizadores de tarefas para ajudar o aluno a acompanhar a matéria da aula. 
• Forneça um glossário de termos relacionados com o conteúdo. 
• Use suporte visual ou áudio para ajudar o aluno a compreender os materiais escritos na aula. 
 
Dar instruções
• Dê instruções passo a passo e leia as instruções escritas em voz alta. 
• Simplifique as orientações, usando palavras-chave para as ideias mais importantes. 
• Destaque palavras-chave e ideias principais nas ficha de trabalho para que o aluno as leia primeiro.
• Faça verificações regulares que garantam que o aluno compreende e possa repetir as instruções.
• Mostre exemplos de trabalhos corretos e concluídos que sirvam de modelo. 
• Indique os elementos que conduzam a uma tarefa bem-sucedida. 
• Ajude o aluno a dividir as tarefas em etapas menores. 
• Forneça listas de auto-verificação e perguntas direcionadas para a compreensão da leitura. 
• Organize as tarefas das fichas de trabalho do mais fácil para o mais difícil.  
 
Adaptações na avaliação
• Avalie o aluno no conteúdo, não em assuntos como ortografia ou fluência de leitura. 
• Permita que a compreensão seja demonstrada de diferentes maneiras: relatórios orais, cartazes e      apresentações em vídeo. 
• Proporcione maneiras diferentes de responder às perguntas do teste: oralizar as respostas ou circular uma resposta em vez de preencher o espaço em branco. 
• Faculte expressões (marcadores discursivos) que mostrem como iniciar uma resposta por escrito. 
• Dê tempo suplementar para a realização de testes. 
• Se necessário, proporcione uma sala silenciosa para a realização dos testes. 


Tradução de Eduardo Mariano da Cunha


::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Classroom Accommodations for Dyslexia

For kids with dyslexia, reading can be challenging. Spelling and writing can be challenging too. What classroom accommodations help level the playing field for students with dyslexia? Here’s a look at some of the supports teachers can use to help students who struggle with reading, spelling, and writing.
Classroom Materials and Routines
·       Post visual schedules and also read them out loud.
·       Provide colored strips or bookmarks to help focus on a line of text when reading.
·       Hand out letter and number strips so the student can see how to write correctly.
·       Use large-print text for worksheets.
·       Use audiobooks like those available through services like Bookshare, a free online library for students with disabilities.
·       Allow the student to use a text reader like a Reading Pen or text-to-speech software.
·       Use speech-to-text software to help with writing.
·       Have on hand “hi-lo” books (books with high-interest topics for students reading below grade level).
·       Provide extra time for reading and writing.
·       Give the student multiple opportunities to read the same text.
·       Use reading buddies during work time (as appropriate).
·       Partner up for studying—one student writes while the other speaks, or they share the writing.
Introducing New Concepts
·       Pre-teach new concepts and vocabulary.
·       Provide the student with typed notes or an outline of the lesson to help with taking notes.
·       Provide advance organizers to help the student follow along during a lesson.
·       Provide a glossary of content-related terms.
·       Use visual or audio support to help the student understand written materials in the lecture. 
Giving Instructions
·       Give step-by-step directions and read written instructions out loud.
·       Simplify directions using key words for the most important ideas.
·       Highlight key words and ideas on worksheets for the student to read first.
·       Check in frequently to make sure the student understands and can repeat the directions.
·       Show examples of correct and completed work to serve as a model.
·       Provide a rubric that describes the elements of a successful assignment.
·       Help the student break assignments into smaller steps.
·       Give self-monitoring checklists and guiding questions for reading comprehension.
·       Arrange worksheet problems from easiest to hardest.
Completing Tests and Assignments
·      Grade the student on the content that needs to be mastered, not on things like spelling or reading fluency.
·      Allow understanding to be demonstrated in different ways, like oral reports, posters, and video presentations.
·      Provide different ways to respond to test questions, like saying the answers or circling an answer instead of filling in the blank.
·       Provide sentence starters that show how to begin a written response.
·       Provide extended time for taking tests.
·       Provide a quiet room for taking tests, if needed.


(Consultado em 24.02.2020)