terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Inverdades sobre Dislexia



As dificuldades de leitura e de escrita são aquelas que mais se notam na escola. Apesar de ainda não serem suficientemente valorizadas, são aquelas em que o diagnóstico é realizado com maior frequência, mas que mais problemas trazem aos professores, pois não sabem que estratégias definir, ficando-se, muitas vezes, apenas pelas adaptações na avaliação. 
Não ser proficiente na leitura significa não ser capaz de extrair com a mesma facilidade que os seus pares a informação dos textos, não esqueçamos que a maior parte do material escolar faz apelo à leitura.  São dificuldades inesperadas que se notam aquando da aprendizagem da leitura e escrita, não se devendo a défices cognitivos, sensoriais, motores ou lesões neurológicas, mas, sim, a alterações linguísticas no domínio fonológico. Às vezes, bastava que à criança com dificuldades de leitura tivesse sido dada uma segunda oportunidade para aprender a ler, o que raramente acontece, ou tivesse tido apoio especializado adequado, o que raramente existe, e os que existem são fora das escolas a preços elevados, de difícil acesso para algumas famílias.
A avaliação de dificuldades específicas de leitura deve seguir um protocolo rigoroso, tendo na base critérios fonológicas, pois as dificuldades apresentadas (excluindo as provocadas por lesões) podem ter várias origens, sendo as mais comuns a má aprendizagem inicial da leitura (voltar a ensinar a ler), a falta de experiências leitoras (incentivar a leitura por prazer), a dislexia de desenvolvimento (aplicar um programa estruturado multissensorial de leitura).
A Dislexia apresenta uma componente genética e hereditária acentuada, já foram identificados com precisão os genes responsáveis com predisposição para as dificuldades específicas de leitura decorrentes de dislexia.
Ao longo da história do conceito, foram sendo criadas, mesmo na escola, mesmo por alguns técnicos, algumas ideias preconcebidas decorrentes do senso-comum que em nada têm ajudado à compreensão da realidade nem ajudado no diagnóstico e na intervenção.

Inverdades:
1. “O que ele/ela tem é preguiça.”
Nenhuma criança tem dislexia devido a causas ambientais e/ou de personalidade. As causas da dislexia são genéticas, hereditárias, neurológicas.

2. “Hoje em dia é tudo disléxico.” 
A prevalência em Portugal está entre os 8% e os 15%. Há pelo menos 1 ou dois alunos disléxicos por turma. Devemos perceber que o português europeu é uma língua semiopaca, o que a torna muito irregular, dificultando a aprendizagem da leitura e da escrita, principalmente aos disléxicos.

3. “A dislexia não se trabalha. É assim e pronto.” 
Uma intervenção multissensorial de base fonológica bem estruturada obtém resultados muito positivos, mas não é de um momento para o outro, leva, por vezes, anos. No entanto, o indivíduo disléxico bem intervencionado pode chegar a níveis de leitura aproximados do indivíduo que não tem dislexia.

4. “A dislexia passa... daqui a nada dá-lhe o clique.”
A dislexia não passa nem deixa de passar. Primeiro, não é uma doença, por isso não existe nenhuma terapêutica farmacológica, psiquiátrica ou psicológica adequada. Segundo, nestas questões não há cliques, assim que se observam dificuldades nesta área deve a escola e os pais ficarem alerta (já há sinais no pré-escolar, embora o diagnóstico só deva ocorrer após a aprendizagem inicial da leitura). Terceiro, após o diagnóstico, deve haver uma intervenção psicoeducacional estruturada para que as dificuldades sejam minimizadas. Não há cura porque não é uma doença nem um atraso. Quem nasce disléxico será sempre disléxico.

5. “Ele/ela tem é dificuldades de visão/emocionais/atenção/preguiça.”
A dislexia resulta de causas linguísticas. Os indivíduos com baixa visão ou outras alterações visuais, com problemas do foro emocional, com défices de atenção ou preguiçosos aprendem bem a ler. Pode a dislexia ter, claro, comorbilidades, mas isso é outra história.

6. “O que ele/ela tem é problemas de compreensão/falta de inteligência.”
O problema dos disléxicos é de leitura e/ou de escrita, não de compreensão nem de inteligência, pelo contrário, até podem ser sobredotados em determinadas áreas. Quantos cientistas, atores, escritores... existem que são comprovadamente disléxicos!

7. “Sem diagnóstico não há intervenção.”
A escola e/ou os pais devem estar atentos aos sinais e atuar o mais precocemente possível, independentemente do diagnóstico. Se se detetou dificuldades de leitura, não é benéfico ficar à espera do diagnóstico, pois as estratégias incidem sobre as dificuldades e não sobre o diagnóstico. Por outro lado, o diagnóstico não serve de nada se não tiver em vista a intervenção.

8. “A dislexia surgiu devido ao método utilizado na aprendizagem da leitura.”
Nenhum método provoca dislexia. A maior parte das crianças aprende a ler seja qual for o método utilizado pelo professor. Já as crianças disléxicas, necessitam de métodos multissensoriais de base fonológica.

Recolha de Informação


domingo, 13 de outubro de 2019

As cordas da inclusão podem ser libertadoras

Apesar de não ser sobre dislexia, penso que nos pode fazer pensar sobre estratégias, amor, dar importância à diferença... Fazer os outros felizes pode ser a oportunidade de sermos felizes. As cordas podem ser a liberdade...


sábado, 14 de setembro de 2019

Primeira alteração ao DL 54/2018

(Só o que foi alterado.)

Lei n.º 116/2019
Diário da República n.º 176/2019, Série I de 2019-09-13

Alteração ao Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho
Os artigos 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º, 21.º, 25.º, 27.º, 28.º, 32.º, 33.º, 36.º e 37.º passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 2.º
b) 'Adaptações curriculares não significativas', as medidas de gestão curricular que não comprometem as aprendizagens previstas nos documentos curriculares, podendo incluir adaptações ao nível dos objetivos e dos conteúdos, através da alteração na sua priorização ou sequenciação, ou na introdução de objetivos específicos que permitam atingir os objetivos globais e as aprendizagens essenciais;
Artigo 3.º
e) Flexibilidade, a gestão flexível do currículo, dos espaços e dos tempos escolares, de modo que a ação educativa nos seus métodos, tempos, instrumentos e atividades possa responder às especificidades de cada um;
Artigo 4.º
2 - ...
a) Participar na equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva, na qualidade de elemento variável;
b) Participar na elaboração e na avaliação do relatório técnico-pedagógico, do programa educativo individual e do plano individual de transição, quando estes se apliquem;
c) Solicitar a revisão do relatório técnico-pedagógico, do programa educativo individual e do plano individual de transição, quando estes se apliquem;
Artigo 5.º
4 - As escolas devem, ainda, através das equipas multidisciplinares, definir indicadores destinados a avaliar a eficácia das medidas referidas no número anterior.
Artigo 7.º
5 - As medidas previstas nos artigos seguintes não prejudicam a consideração de outras que, entretanto, possam ser enquadradas.
Artigo 8.º
3 - As medidas universais, incluindo o apoio tutorial preventivo e temporário, são mobilizadas para todos os alunos, incluindo os que necessitam de medidas seletivas ou adicionais, tendo em vista, designadamente, a promoção do desenvolvimento pessoal, interpessoal e de intervenção social.
4 - A aplicação das medidas universais é realizada pelo docente titular do grupo/turma e, sempre que necessário, em parceria com o docente de educação especial, enquanto dinamizador, articulador e especialista em diferenciação dos meios e materiais de aprendizagem e de avaliação.
Artigo 9.º
3 - A monitorização e avaliação da eficácia da aplicação das medidas seletivas é realizada pela equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva, de acordo com o definido no relatório técnico-pedagógico.
6 - A aplicação das medidas seletivas é realizada pelo docente titular do grupo/turma e, sempre que necessário, em parceria com o docente de educação especial, enquanto dinamizador, articulador e especialista em diferenciação dos meios e materiais de aprendizagem e de avaliação.
Artigo 10.º
6 - A monitorização e avaliação da eficácia da aplicação das medidas adicionais é realizada pela equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva, de acordo com o definido no relatório técnico-pedagógico.
7 - As medidas adicionais são operacionalizadas com os recursos materiais e humanos disponíveis na escola, privilegiando-se o contexto de sala de aula, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
8 - Quando a operacionalização das medidas previstas no n.º 4 implique a necessidade de mobilização de recursos adicionais, estes devem ser garantidos pelo Ministério da Educação, após pedido fundamentado do diretor da escola.
Artigo 11.º
6 - Compete ao Governo garantir os meios necessários para habilitar todos os trabalhadores com a formação específica gratuita de apoio à aprendizagem e à inclusão.
Artigo 12.º
4 - Os elementos elencados no número anterior podem ser reforçados de acordo com as necessidades de cada escola.
5 - São elementos variáveis da equipa multidisciplinar o docente titular de grupo/turma ou o diretor de turma do aluno, o coordenador de estabelecimento, consoante o caso, outros docentes do aluno, assistentes operacionais, assistentes sociais, outros técnicos que intervêm com o aluno e os pais ou encarregados de educação.
8 - Nos estabelecimentos de educação e ensino em que, por via da sua tipologia ou organização, não exista algum dos elementos da equipa multidisciplinar previstos nos n.os3 e 5, cabe ao diretor definir o respetivo substituto.
9 - (Anterior n.º 8.)
a) [Anterior alínea a) do n.º 8.]
b) [Anterior alínea b) do n.º 8.]
c) Acompanhar, monitorizar e avaliar a aplicação de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão;
d) [Anterior alínea d) do n.º 8.]
e) [Anterior alínea e) do n.º 8.]
f) [Anterior alínea f) do n.º 8.]
10 - (Anterior n.º 9.)
Artigo 13.º
7 - Compete ao diretor da escola definir os espaços de funcionamento do centro de apoio à aprendizagem numa lógica de rentabilização dos recursos existentes na escola.
8 - A escola estabelece, em sede de regulamento interno, quanto ao centro de apoio à aprendizagem e às suas funções e abrangência, entre outros, os seguintes aspetos:
a) A sua constituição e coordenação;
b) Os locais e horário de funcionamento;
c) Os recursos humanos e materiais existentes;
d) As formas de concretização dos objetivos específicos de acordo com os n.os 2 e 6;
e) As formas de articulação com os recursos humanos e materiais, dos saberes e competências da escola, designadamente no que respeita ao apoio e à avaliação das aprendizagens.
9 - Para efeitos do disposto no número anterior, pode ser elaborado um regimento próprio, do qual constem as formas de medição do impacto do centro de apoio à aprendizagem na inclusão e aprendizagem de todos os alunos.
Artigo 21.º
1 - O relatório técnico-pedagógico é o documento que fundamenta a mobilização de medidas seletivas e ou adicionais de suporte à aprendizagem e à inclusão, e acompanha a criança ou o aluno em caso de mudança de escola.
Artigo 25.º
1 - Sempre que o aluno tenha um programa educativo individual deve este ser complementado por um plano individual de transição destinado a promover a transição para a vida pós-escolar, e sempre que possível para o exercício de uma atividade profissional ou possibilitando o prosseguimento de estudos além da escolaridade obrigatória.
Artigo 27.º
4 - Os alunos apoiados pelos centros de apoio de aprendizagem têm prioridade na renovação de matrícula, independentemente da sua área de residência.
Artigo 28.º
4 - ...
d) A transcrição das respostas;
e) A leitura de enunciados;
f) [Anterior alínea d).]
g) [Anterior alínea e).]
h) [Anterior alínea f).]
Artigo 32.º
3 - O manual de apoio a que se refere o número anterior deve ser um documento passível de atualizações que resultem da inclusão de novo conhecimento em fundação da experiência da aplicação do disposto no presente decreto-lei.
Artigo 33.º
3 - Cabe igualmente à Inspeção-Geral da Educação e Ciência avaliar as condições físicas e todos os recursos de que as escolas dispõem para a aplicação deste decreto-lei, designadamente para dar cumprimento ao disposto nos artigos 9.º e 10.º
4 - A avaliação prevista no n.º 3 é objeto de um relatório de meta-análise a ser apresentado anualmente ao membro do Governo responsável pela área da educação.
6 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o Ministério da Educação promove a avaliação da implementação do presente decreto-lei no prazo de dois anos após a sua entrada em vigor, tornando públicos os seus resultados.
7 - O Governo publica, no prazo de 90 dias, uma portaria que defina, ainda que de forma não exaustiva, os indicadores estatísticos que servem de base à caracterização e avaliação das medidas e resultados da política de inclusão na educação.
Artigo 36.º
3 - Da aplicação do presente decreto-lei não pode resultar perda de direitos e de apoios a todas as crianças e alunos, salvaguardando sempre os seus superiores interesses.
Artigo 37.º
1 - As condições de acesso, de frequência e o financiamento dos estabelecimentos de educação especial são definidos por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da educação, a publicar no prazo de 30 dias.
2 - Até à publicação da regulamentação referida no número anterior, mantém-se em vigor a legislação aplicável.»

domingo, 8 de setembro de 2019

Acomodações curriculares e dislexia



Dicas para os professores

As acomodações curriculares são medidas de gestão escolar curricular que permitem o acesso ao currículo e às atividades de aprendizagem na sala de aula através da diversificação e da combinação adequada de vários métodos e estratégias de ensino, da utilização de diferentes modalidades e instrumentos de avaliação, da adaptação de materiais e recursos educativos e da remoção de barreiras na organização do espaço e do equipamento, planeadas para responder aos diferentes estilos de aprendizagem de cada aluno promovendo o sucesso educativo.


Algumas das acomodações que os professores podem aplicar aos alunos com dislexia são: 

1.     Não os obrigar a ler em voz alta;
2.     dar-lhes tarefas em projetos de grupo em que possam usar os seus pontos fortes; 
3.     dar-lhes tempo extra nos testes e em outras tarefas de leitura e escrita; 
4.     usar ilustrações e outras ferramentas multissensoriais;
5.     outras (use a criatividade).

Jorge da Cunha, 2019

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Disgrafia/Dysgraphia?


"Apesar de alguns investigadores apontarem a dislexia como um problema exclusivo nos processos de leitura (Shaywitz, 2008/2003), aqui, por influência dos estudos mais recentes, quando se fala de dislexia engloba-se também os problemas específicos de escrita, decorrentes da dislexia: disgrafia: “(…) compreende um problema com o traçado e a forma da letra, e ainda com a configuração da escrita (…)” (Torres & Fernández, 2001, p. 75)e disortografia: “(…) conjunto de erros da escrita que afectam a palavra mas não o seu traçado ou grafia” (Garcia Vidal, 1989, citado por Torres & Fernández, 2001, p. 76). Contudo, Morais (1997/1994) apenas considera o termo disgrafia quando se refere à perturbação na escrita. Alves e Castro (2005) referem também que os sinais comportamentais mais frequentes da dislexia, para além da leitura, são as dificuldades associadas à ortografia: “Estas são mesmo frequentemente incluídas entre as características definidoras da dislexia” (s/p). Castro e Gomes (2000) concluem, dizendo que “Embora o termo dislexia acentue o aspecto de deterioração na leitura, a verdade é que a escrita não fica imune. Nas dislexias estão também afectadas as capacidades de escrita” (p. 150)."

 Cunha, Jorge da (2010). Análise e Intervenção em Problemáticas Específicas de Leitura. Lisboa: UNL/FCSH (p.14).



segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Dislexia / Dyslexia - Três obras, três autores essenciais


Snowling, M. & Stackhouse, J. (2004). Dislexia, fala e linguagem: Um manual do profissional. Porto Alegre: Artmed. (Versão original de 1996)

Morais, J. (1997). A arte de ler: Psicologia cognitiva da leituraLisboa: Edições Cosmos. (Versão original de 1994)

Shaywitz, S. (2008). Vencer a dislexiaComo dar resposta às perturbações da leitura em qualquer fase da vida.Porto: Porto Editora. (Versão original de 2003)


domingo, 11 de agosto de 2019

terça-feira, 25 de junho de 2019

Dysgraphia / Disgrafia (Problemáticas Específicas de Escrita)

Dysgraphia
Disgrafia

A difficulty in writing is referred to as dysgraphia. Dyslexia and dysgraphia can come in pairs because they are simply different expressions in differences or weaknesses in the components of learning. These weaknesses or differences cause difficulty in language processing and writing is a part of language processing.


As dificuldades de escrita denominam-se disgrafia. Dislexia e disgrafia podem aparecer em comorbilidade porque são expressões diferentes nas diferenças ou fragilidades das componentes de aprendizagem. Estas diferenças ou fragilidades causam dificuldades no processamento da linguagem, e a escrita faz parte da componente da linguagem.

 

Common Writing Problems 

Problemas Comuns de Escrita


Despite the differences, you may see some common symptoms in writing. They are listed as follows:
1. Writing events out of sequence
2. Run-on sentences
3. No spacing between words or inappropriately spaced
4. No or little use of punctuation
5. Frequent spelling errors

Apesar das diferenças, podemos ver alguns sinais comuns na escrita, listados da seguinte maneira:     
1. Escrever acontecimentos sem sequência.    
2. Frases de sintaxe incorreta (sem conectores ou usados incorretamente).
3. Sem espaçamento entre palavras ou espaçadas inadequadamente.     
4. Nenhum ou pouco uso de pontuação.
5. Erros de ortografia frequentes.

1
Early identification is a debated topic among educators around the country. Kindergarten is a testing ground for important research endeavours by these valuable experts.

A identificação precoce é debatida entre os pedagogos de todo o país. O jardim de infância é um local para importantes investigações delineadas por estes investigadores. 
2
Monetary resources could go into the school development program as a whole. That will stir the debate and keep students going strong towards their next goal.

Os recursos financeiros podem entrar no programa de desenvolvimento da escola como um todo. Isso agitará o debate e manterá os estudantes determinados na direção do objetivo seguinte.
3
Frustration can come from the importance of early identification among students. Teachers will need to collaborate together to make a decision about the work itself.

A frustração pode vir da importância da identificação precoce entre os alunos. Os professores têm de colaborar juntos para tomar uma decisão sobre o trabalho a desenvolver.

Estratégia 1 
Attacking only one rule at a time. 
Trabalhar uma regra de cada vez.

Estratégia 2 
Express ideas orally first. 
Primeiro, expressar as ideias oralmente.

Estratégia 3 
Create an outline.
Criar um esboço. 

This important first step will help your student map out their writing and prevent writer’s block, incomplete assignments, and not adhering to the assignment requirements.

Este primeiro importante passo ajudará o seu aluno a esquematizar o texto e a evitar bloqueios, tarefas incompletas e a não-adesão aos requisitos da tarefa. 

Tactics 1, 2, and 3 help develop the underlying rules and structure of writing, the logical and language parts.
As estratégias 1, 2 e 3 ajudam a desenvolver as regras e a estruturar a escrita, as partes lógicas e de linguagem.


Estratégia 4
Do bilateral coordination exercises. 
Fazer exercícios  de coordenação bilateral.

Estratégia 5
Use coloring books and other kids games to help develop finer motor skills. 
Usar livros coloridos e outros jogos infantis para ajudar a desenvolver habilidades motoras mais apuradas.

Estratégia 6
Use technology where applicable. 
Usar a tecnologia quando aplicável.

Estratégia 7
Notice and celebrate the every small success. 
Destacar e celebrar todas as pequenas conquistas.

Adaptado de Hannah Roberts, 2018

Nota explicativa:

Run-on sentence definition: A run-on sentence exists when two or more independent clauses are not joined with the proper conjunction or punctuation.

Definição de frases de sintaxe incorretas: quando duas ou mais orações independentes se juntam sem conjunção ou pontuação adequadas. 

What is a Run-on Sentence?
A run-on sentence is poor grammar. It exists when two independent clauses(also called main clauses) are incorrectly joined. More than one independent clause cannot exist in a sentence unless they are properly combined. To properly combine clauses, correct conjunctionsor punctuation must be added to the sentence. Despite their name, run-on sentences have nothing to do with length. Run-on sentences can be quite short, in fact. The only thing that determines a run-on sentence is when more than one independent clause exists without the proper tools to combine them.

O que é uma frase de sintaxe incorreta?
Uma frase de sintaxe incorreta é gramaticalmente pobre. Existe quando duas orações independentes são unidas incorretamente. Não pode existir na frase mais do que uma oração independente a não ser que estejam devidamente ligadas. Para ligar corretamente as orações, devem ser adicionadas à frase conjunções ou pontuação corretas. Apesar do nome (run-on = continuação/prolongamento/série, neste sentido, “run-on sentences” seria orações contínuas, em série, frases longas, nt), as frases de sintaxe incorreta não têm nada que ver com o seu comprimento. Frases destas podem ser bastante curtas, na verdade. A única coisa que determina uma frase com estas incorreções é quando existe mais do que uma oração independente sem as ferramentas adequadas para as combinar.

Run-on Sentence Example:
I have to go to the store I need to buy milk.
Here, there are two independent clauses with no punctuation. This is an example of a fused sentence.
Clause One: I have to go to the store.
Clause Two: I need to buy milk.
There is no conjunction or punctuation between these clauses; this makes it a run-on sentence.

Tenho de ir à loja preciso de comprar leite.
Aqui, existem duas orações independentes sem pontuação. Este é um exemplo de uma frase fundida.
Oração 1: Eu tenho de ir à loja. 
Oração 2: Eu preciso de comprar leite.   
Não há conjunção ou pontuação entre essas orações; isso faz com que seja uma frase de sintaxe incorreta.

Nota do tradutor (nt): após várias consultas, optou-se por traduzir “run-on sentences” por “frase de sintaxe incorreta”, isto é, frases formadas por mais do que uma oração sem a utilização de conjunções ou pontuação que as una adequadamente, tornando o discurso confuso.

Tradução de 
Eduardo Mariano da Cunha

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Problemática específica de escrita: disortografia / disgrafia / dislexia

Apesar de alguns investigadores apontarem a dislexia como um problema exclusivo nos processos de leitura (Shaywitz, 2008/2003), aqui, por influência dos estudos mais recentes, quando se fala de dislexia engloba-se também os problemas específicos de escrita, decorrentes da dislexia: disgrafia: “(…) compreende um problema com o traçado e a forma da letra, e ainda com a configuração da escrita (…)” (Torres & Fernández, 2001, p. 75)e disortografia: “(…) conjunto de erros da escrita que afectam a palavra mas não o seu traçado ou grafia” (Garcia Vidal, 1989, citado por Torres & Fernández, 2001, p. 76). Contudo, Morais (1997/1994) apenas considera o termo disgrafia quando se refere à perturbação na escrita. Alves e Castro (2005) referem também que os sinais comportamentais mais frequentes da dislexia, para além da leitura, são as dificuldades associadas à ortografia: “Estas são mesmo frequentemente incluídas entre as características definidoras da dislexia” (s/p). Castro e Gomes (2000) concluem, dizendo que “Embora o termo dislexia acentue o aspecto de deterioração na leitura, a verdade é que a escrita não fica imune. Nas dislexias estão também afectadas as capacidades de escrita” (p. 150).
Jorge da Cunha (2010). Análise e intervenção em problemáticas específicas de leitura. Tese de Mestrado. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Algumas ideias úteis sobre como ensinar um aluno disléxico


Dyslexia isn't a problem that ever goes away, which means there must be resources throughout the entire schooling process. To make this work, teachers must be flexible.

A dislexia não é um problema que desaparece, o que significa que deve haver recursos durante todo o percurso escolar. Para que isso funcione, os professores devem ser flexíveis.

Methods for teachers to utilize
Students with dyslexia are typically of normal or above average intelligence. That means they benefit from vastly different types of assistance than other learning disabilities.

Métodos para os professores utilizarem
Os alunos com dislexia têm usualmente uma inteligência normal ou acima da média. Isso significa que beneficiam desta competência, muito diferente de outras dificuldades de aprendizagem.

It should be a cause for concern for these students shows difficulty with things like reading, phonological awareness, spelling and writing, math facts, and rote memorization. Luckily, there are numerous tools and proven methods that teachers can utilize that can make learning better.

Para estes alunos, é motivo de preocupação terem de mostrar as suas dificuldades na leitura, consciência fonológica, ortografia e escrita, assuntos matemáticos e mecanismos de memorização. Felizmente, existem inúmeras ferramentas e métodos comprovados que os professores podem utilizar para melhorar a sua aprendizagem.

Teachers need to be flexible

Understanding the basic facts surrounding the learning disability is extremely important for educators who might have these students in their classrooms. Teachers should have methods in place to best assist their students, and knowing what works best for some disabilities is vital.

Os professores precisam de ser flexíveis
Compreender os conceitos básicos relativos às dificuldades de aprendizagem é extremamente importante para os educadores que têm estes alunos nas suas salas de aula. Os professores devem estar munidos de métodos para melhor ajudar os seus alunos, e saber o que melhor se adequa a determinadas dificuldades é fundamental.

Teachers of dyslexic students, in particular, need to be flexible. It's often helpful to allow more time to complete homework, and perhaps even assign less assignment.  Most importantly, teachers should take an interest in the overall health of the child’s mind and body.

Os professores de alunos disléxicos, em particular, têm de ser flexíveis. Geralmente, é útil dar mais tempo para concluir os trabalhos de casa e, talvez, até mesmo definir menos tarefas. Mais importante, os professores devem interessar-se pela saúde mental e física da criança.

 

Minimize the disability

Students could also be more supported through the use of sequential assessments, multi-modal approaches to learning and processing, assistive technologies, and appropriate increased tutor support. Other resources also include audiobooks, oral testing, and technological apps and videos.

Minimize a dificuldade
Os alunos também podem ser mais apoiados através do uso de avaliações sequenciais, abordagens multimodais de aprendizagem e processamento, tecnologias inclusivas e aumento apropriado de apoio dos professores. Outros recursos também incluem áudio-livros, testes orais, aplicações tecnológicas e vídeos.

What's most important for teachers to remember, though, is that they must minimize the disability by building up their strengths. Essentially, teachers shouldn't make the disability a big deal. Also, just caring for and nurturing the child can help them learn better.

Os professores não se podem esquecer, porém, que devem minimizar as dificuldades identificando os pontos fortes destes alunos. Especialmente, os professores não devem encarar as dificuldades de aprendizagem como um grande problema. Além disso, às vezes basta apenas cuidar da criança para a ajudar a aprender melhor.

1
In order to effectively teach students with dyslexia, teachers must understand basic facts about the disorder.

A fim de ensinar efetivamente os alunos com dislexia, os professores devem compreender os conceitos básicos sobre a problemática.
2
To achieve success, be flexible in teaching.
Para alcançar o sucesso, seja flexível a ensinar.
3
For students with dyslexia, consider giving oral exams and allow more time for homework.

Para os alunos com dislexia, pondere fazer testes orais e dar mais tempo para os trabalhos de casa.

Suggestions like these can be incredibly helpful for a dyslexic student! It's imperative that parents and teachers be open to new and innovative methods.

Sugestões como estas podem ser incrivelmente úteis para um aluno disléxico! É imperativo que pais e professores estejam abertos a métodos novos e inovadores.

Learning Success
(Tradução de Eduardo da Cunha)